sábado, 10 de agosto de 2013

O caso Pesseguini - Chacina do Policial da ROTA e família

Não gostamos de noticiar crimes, mas tão somente o modus operandi de quadrilhas, implicações táticas e sociais.

O caso Pesseguini é muito interessante como um desafio de lógica:

LÓGICA é o insumo básico da PREVISIBILIDADE, e a sua PROVA.

Um garoto de 13 anos

Para a religião mais embasada histórica e doutrinariamente, por ter o seu registro desde a fundação do mundo, o judaísmo, o garoto de 13 anos é considerado ADULTO.

Porém, este, em particular sofria de fibrose cística, que trazia sua espectativa de vida para apenas 4 anos, mas com muito amor e assistência médica, ele chegou aos 13, e poderia chegar a muitos mais.

Fibrose cística

Vamos tomar conhecimento desta doença pela literatura médica, para saber o quanto ela compromete o desempenho e a razão do ser humano.

Esta doença, em seu significado mais radical, provoca a dificuldade da eliminação das diversas secreções por serem estas excessivamente viscosas, ou seja, pouco fluidas. As informações divulgadas na mídia dizem que esta doença afeta os pulmões, no entanto, ela afeta realmente TODOS OS ÓRGÃOS QUE SECRETAM FLUIDOS, como estômago, intestino e pulmões, principalmente. As glândulas sudoríparas, salivares e pâncreas também são afetados.

Ou seja, nosso garoto, do qual estão querendo fazer um assassino, sofria de constante malo estar, precisando ser tratado com medicação importada. Um dos sintomas, que ilude as pessoas quanto ao local da doença é a tosse constante, na frequência de quase 24 horas por dia. A pessoa tem dores abdominais pela quantidade maior de gases produzidos, pelo fato da constipação causada pelo muco mais grosso nas vias digestivas, dificuldade para respirar, falta de apetite, etc. Resumindo: A PESSOA TEM UM MAL ESTAR CONSTANTE. Desta forma, seu planejamento e execução de ações ficam seriamente prejudicados.

O tratamento, caro, inclui a substituição da enzima DNase, que torna o muco mais fluido e mais fácil de transitar nas diversas vias corporais. Mesmo com tratamento, que envolve outras medidas, as complicações são DEBILITADORAS DA ATIVIDADE DIÁRIA.

Só este aspecto invalida as teses do delegado Itagiba, responsável pelo caso.

Suicídio na adolescência

Os casos de suicídio na adolescência são muito comuns, mas geralmente por ingestão de comprimidos ou saltando pela janela. Suicídio com arma de fogo, após a morte de terceiros não combina com a compulsão suicida adolescente.

Acrescentando a doença debilitante presente no garoto, o suicídio pode ser COMPLETAMENTE DESCARTADO. O suicídio é o final de uma cadeia de atos incluindo ARREPENDIMENTO. Quem perpetra um ato tão planejado, como se está querendo "vender" à opinião pública, NÃO DEMONSTRARIA ESTA SENSAÇÃO.

A operação de uma pistola .40

Os policiais militares estão, periodicamente, fazendo o teste prático com ma pistola .40. Acontece que, devido ao volume do punho da coronha, que abriga o carregador, a maior parte dos policiais é reprovada várias vezes antes de conseguir dominá-la. É necessário um longo aprendizado para quem tem a mão com o tamanho médio para o correspondente à estatura de um adulto entre 1,74m e 1,80m. Para esta pistola, a mão de tamanho considerado médio é insuficiente para dominar o manejo desta arma.

Um garoto de 13 anos teria de treinar durante muito tempo, mesmo para dar tiros à queima roupa. A mão ficaria com nítidas marcas de esforço. Mesmo uma arma para o padrão 38 produziria efeitos colaterais no tiro, quando utilizada por um pré-adolescente.

Um garoto treinado

Um policial experiente, de um esquadrão de elite. condecorado por serviço prestado, NUNCA ensinaria o próprio filho a atirar, e muito menos com um armamento de uso restrito de forças de segurança, como é a .40.

Segundo o delegado Itagiba, o pai do garoto o havia ensinado a dirigir. Novamente usamos a justificativa do parágrafo anterior, acrescido do fato de que o menino tinha uma doença que debilitava as suas capacidades.

A morte do pai

Conforme avaliado pelos peritos, a morte do pai se deu 10 horas antes de todos os outros terem falecido. O delegado, no entanto, afirmou à revelia, que todos, exceto o garoto, foram mortos em sequência.

Um policial experiente, de uma unidade acostumada a lidar com diligências de último grau de violência, como é a característica da ROTA, se não fosse dopado, esboçaria reação. Não existem circunstâncias possíveis no contexto deste caso para o oferecimento dirigido de bebida envenenada por parte do filho para o pai, de forma a fazê-lo dormir. Policiais acostumados a ações de risco tem um sexto sentido elevado.

Os operadores de Segurança Pública, como os policiais, tem uma PRÓPRIOCEPÇÃO exagerada. Isto os torna aptos a prestar atenção até em atos automáticos. Existem policiais que, uma vez acordados bruscamente, pegam automaticamente na sua arma e se defendem. Existem exercícios desenvolvidos especialmente para forças de segurança que melhoram esta faculdade, alguns feitos no escuro.

A morte da mãe

A posição da mãe é a única diferente, de joelhos, como é comum nas execuções, acrescido do fato do tiro nesta pessoa ter sido dado na nuca.

O 18o. batalhão

Vários crimes e mistérios envolvem este batalhão que, segundo a mãe do garoto acusado, Andreia, tinha em seu efetivo 18 elementos envolvidos em assaltos a caixas eletrônicos. Esta pode ter sido a motivação do crime, pois ela havia feito acusação verbal ou escrita contra os elementos.

Coisa semelhante, em torno da organização de policiais corruptos pode ser lida aqui.

Um laudo de apenas 24 horas

Nós, brasileiros, acostumados a laudos e perícias demoradas, assistimos a um espetáculo de extrema eficiência da Polícia Paulista, que, em apenas 24 horas, solucionou um dos casos mais sinistros de chacina de policiais. Absurdo, nós não somos tolos a este ponto.

Segundo o conhecido legista George Sanguinetti, que atuou no caso Izabela Nardoni, caso Bruno e PC Farias, através da análise das fotos que mostram as posições dos mortos, Marcelinho NÃO COMETEU SUICÍDIO, pela posição de suas mãos mostrada na foto.

Conclusão

Todo este caso só cheira a absurdo, manipulado pelas autoridades policiais. A verdade é que eles foram mortos por gente do próprio 18o batalhão. A prova é o laudo apressado, a manipulação em torno do garoto, e um vídeo entregue com tanta boa vontade pela Polícia às redes de TV.