quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Intervenção Federal no Rio de Janeiro

Pretendem os oportunistas e faladores, aspirantes à notoriedade, mais uma vez, mostrar a sua cara, aparecer, ascenderem às estrelas, utilizando os mesmos argumentos de sempre, com o assunto que esteja sendo tratado, no momento, na midia.

Os argumentos são os de sempre: democracia, drogas, poder do estado, polícia, problemas sociais.

E à qual problema estão sendo aplicados ?

A Intervenção Federal no Rio de Janeiro

Conforme introdução solene do Capitão Nascimento, no filme VERDADEIRO Tropa de Elite,

O Rio de Janeiro tem mais de 300 favelas

Estas favelas (é favela, não é comunidade, pois não evoluíram para o patamar de interação que este conceito engloba) possuem, cada uma, pelo menos duas facções em disputa pelo comércio. O tráfico de drogas é UM aspecto do portfólio de modalidades comerciais exploradas pelos “sherifes” dos morros cariocas.

O portfólio engloba:

  • Aluguel de armas para assaltos e participação no lucro destes;
  • Cobrança para proteção do comércio formal;
  • Cobrança por pontos de venda nos sinais de trânsito;
  • Comércio de gás;
  • Comércio de água mineral;
  • Financiamento para assaltos;
  • Financiamento para Roubo de cargas;
  • Pagamento para advogados;
  • Pagamento para juízes;
  • Pagamento para políticos;
  • Tráfico de drogas (negociação internacional, controle dos pontos de venda);
  • Transporte por vans;
  • Transporte por mototaxi;
  • Vendas de armas para outras favelas e para outros estados;

Podemos claramente chamar este pool de serviços de ESTADO PARALELO.

Seja a justificativa do Governo Federal a que for, o objetivo conceitual é o sufocamento deste Estado Paralelo. Os itens por nós enumerados falam por si. Todo e qualquer negócio na favela é monitorado, taxado e regulado pelos “sherifes” locais.

Existe um aspecto ainda mais grave, que traz implicações judiciárias. Até a conduta dos moradores está sob o julgamento destes chefes. Ladrõezinhos, matadores e chantagistas, agindo por sua conta e risco, são julgados e sumariamente executados. A lista de jurados de morte que precisam fugir da favela, da cidade ou até do estado do Rio de Janeiro é extensa. A disciplina é rígida. Mais um agravante no conceito de ESTADO PARALELO.

Governo, Ditadura e Intervenção

A população, protagonista de pensamentos do senso comum, sem crítica e sem visão de detalhes, não sabe discernir (prova disto é a corja que elege para os cargos de importância do país) entre:

  • Administração;
  • Ditadura;
  • Ditadura Civil;
  • Ditadura Militar
  • Governo;
  • Governo Civil;
  • Governo Militar;
  • Intervenção Civil;
  • Intervenção Militar


E ainda existem outros híbridos, para delimitar, com clareza, os limites de ação segundo os aspectos da administração Política. A Intervenção no Rio é um destes híbridos, em que existe a ação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e a Intervenção propriamente dita, com o Interventor igualmente agindo de forma "bipolar", hora gerindo a GLO (utilizando seu posto militar e consultando outros oficiais), hora administrando a Intervenção Federal (utilizando sua natureza de civil exercendo cargo do Governo, em que responde apenas ao Presidente).

Viram ? Existem nuances, e não falácias do senso comum.

Medida Eleitoreira ?

Em mais uma das desculpas, do rol dos discursos fáceis, surge a de "Medida Eleitoreira". Seja isto procedente ou não, a medida:

  • Veio em boa hora;
  • Está utilizando os meios de que a República disponibiliza;
  • Prevê as consequências que levariam a um estado sombrio;
  • Prevê as consequências de corrupção geral a nível Nacional;
  • Ataca o tráfico de drogas;
  • Ataca o tráfico de armas;
  • Ataca o tráfico de influência das eleições cariocas;
  • Acaba com grupos armados que absolutamente não sabem manejar o equipamento que usam;
  • Acaba com as mortes gratuitas de cidadãos;

Poderíamos encher várias linhas com os benefícios desta medida.

E quem diz que é medida eleitoreira, e que não vai resolver nada, como a esquerda, os socialistas e teóricos de direitos humanos, lembramos que, no Rio de Janeiro, os chefões dos morros já ditam quem pode fazer campanha em cada morro, e em quem as pessoas por eles controladas vão votar, com ameaças.

Eleitoreiro é, sim, o tráfico e seus chefões.

Causas Sociais

O tabu de causas sociais é, agora, uma falácia. Faça o Estado o programa que quiser, o mais benevolente e engrandecedor, para estes rincões estabelecidos nos morros, e não logrará êxito. Os chefes perceberam que tem um negócio na mão, muito lucrativo. A solução para uma família ter paz é SAIR DA FAVELA. Não existe outro remédio. Qualquer conhecedor de táticas e estratégias militares sabe que o Morro é o ambiente geográfico mais privilegiado para servir de refúgio.

Todo o tipo de programa social já foi tentado como solução para o problema da criminalidade oriunda das favelas. E um outro fator mostra como se dá esta situação. Para os políticos este tipo de dominação dos pobres ou remediados das favelas é ótimo, pois os chefes são mais um apoio para a obtenção de votos. Tudo gira em torno do sistema eleitoral.

Até alguns generais, que tem conhecimento e preparo, descambaram para esta falácia do SOCIAL.

Ledo engano. As favelas são negócios. O tráfico é um negócio. Releiam os depoimentos do traficante Fernando Beira-Mar. Ele expõe as entranhas do sistema que utiliza e se beneficia dos chefões do tráfico: “A política dá mais dinheiro no mundo do crime”.

É preciso acabar com esta ingenuidade, com este romantismo, de que resolvendo os problemas sociais acabamos com o tráfico. O tráfico dá dinheiro. Jovens adolescentes fazem desde os pequenos “corres” (comércio nanico de entorpecentes) até entregas organizadas para um grupo de outros adolescentes, em festas, em encontros, em eventos. O móvel psicológico é o DINHEIRO, o primeiro dos males por detrás de intrigas e crimes.

É surpreendente que ainda exista gente que acredita que Programas Sociais podem acabar com o Tráfico de Drogas. Vamos fazer um exercício de futurologia. Suponhamos que hoje conseguíssemos acabar com o tráfico de drogas. Os chefões continuariam no controle do restante dos itens de seu portfólio. Talvez até assumissem o Roubo de Cargas e os Assaltos aos Caixas Eletrônicos. O objetivo é o DINHEIRO.

A maior Causa Social é a COBIÇA, o vislumbre de que se pode, de alguma forma rápida, obter grandes quantias de dinheiro, para proporcionar conforto pessoal. É SÓ ISSO. É o caráter de alguns humanos.

O rastro do dinheiro

Seguir o dinheiro que estas organizações criminosas ("sherifes" + juízes + políticos + financiadores) ganham é um trabalho complexo, pois o dinheiro é pulverizado no processo de "lavagem" (Leia detalhes). O trabalho que poderia ser feito, a partir de agora, é um rígido controle do montante anual enviado ao exterior pelas empresas. Toda remessa teria que ser feita por meios eletrônicos, PASSANDO PELA RECEITA FEDERAL. O dinheiro, na forma de papel, não pode ser permitido nas viagens, até porque já existem os cartões próprios e seguros para isto, que proporcionam um registro dos interessados.

Algumas empresas tem o sistema de reembolso parcial (conhecido também como programas de fidelidade), como Dotz, Meliuz, Multiplus, Livelo, em que o cadastro é feito por número de telefone ou CPF. As compras, mesmo em dinheiro, deveriam ter este registro obrigatório acima de determinado valor, em certos segmentos, como joalherias, revendedoras de automóveis, imobiliárias e os que movimentam grandes quantias em dinheiro.

A Cura

Evitando os discursos de “ação integrada das forças policiais”, a solução é o sufocamento das quadrilhas, através da ferramenta eficaz de controle da vontade humana: a arma de fogo. O verdadeiro esforço integrado seria obtido com o fim dos discursos prejudiciais da Imprensa, que transformaram os traficantes em estrelas de TV. É preciso parar de mostrar estes vagabundos na televisão.

Comece pela contenção do tráfico de armas. Depois, o Estado deve retomar “as terras altas”, ou seja, impossibilitar o estabelecimento dos “rincões geográficos privilegiados”: os morros.

Esta ação não pode ter os “corvos” dos Direitos Humanos, igualmente mancomunados tal unha na carne com os chefões do tráfico e com os políticos. Várias ONGs de Direitos Humanos recebem fartas doações financeiras do tráfico de drogas e dos políticos. Todas devem ser investigadas quanto às suas fontes de doação.

Até jornais e TVs recebem doações inconfessáveis de fontes contaminadas pela contravenção. Basta investigar, e os resultados serão tão impressionantes quanto aqueles obtidos pela operação Lava-Jato.

E isto é só o começo.

Conclusão


Chegamos ao ponto em que os questionamentos do senso comum, ingênuos, contaminados pela mídia financiada e temerosa, são mostrados como uma enorme falácia e empecilho ao reestabelecimento da Ordem em um Estado da federação.