sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O bebê morto asfixiado em Volta Redonda

Já foi enterrado o bebê Manuela, deixado (e não abandonado) no carro pelo pai, Clóvis Perruti Mantila, de 29 anos.

O que o stress e as responsabilidades de um comerciante, num país de tantos impostos e regras que mudam a toda hora, com um trânsito infernal, violência e morosidade da justiça não fazem com uma pessoa !

Claro que cada um é responsável pela sua própria vida, mas as condições das grandes cidades estão terríveis. O cidadão está sendo prejudicado, por dificuldades administrativas e exigências tão imbecis, que sua mente não dá conta das obrigações.

O pai, ainda rapaz, novo, se entregou, pois o que fazer num caso deste. Sua vida praticamente acabou. Não é preciso um julgamento e muito menos condenação. Ele já está condenado a viver o resto de sua vida com esta culpa. Burra será a justiça se ainda submetê-lo a interrogatório, julgamento, etc.

Psicologicamente ele foi vítima da QUEBRA DO COTIDIANO. Sabemos que um monte de idiotas vai falar que ele "tinha que ser mais responsável", "ah, eu nunca ia esquecer de um filho no carro". Qualquer um, e dizemos isto baseado em estudos da literatura de neurociências, psicologia e comportamento. Uma das manifestações deste tipo de problema que afeta a memória de curta duração é o "branco" que dá na cabeça dos alunos no dia de prova. O dia de prova é uma "quebra" do curso natural dos dias de aula. É um dia diferente. E na vida deste pai, a obrigação de levar a filha, naquele dia, para a escolinha, no lugar da mãe, foi uma "quebra" em um nível mais profundo. Um jovem,e ainda por cima com a cabeça cheia de compromissos de um homem que lida com compras, vendas, contas, impostos, clientes e família, pois tem também outro filho.

Que a justiça seja sábia, e não piore a vida deste homem.

Veja este artigo sobre Quebra do Cotidiano

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Bandidos e traficantes migram para o interior

Os bandidos e traficantes do Rio de Janeiro estão ficando acuados. A região metropolitana do Rio está muito vigiada. O território do centro e adjacências, incluindo TODOS os morros e favelas já estão mapeados. A Polícia já conhece o território, métodos, hábitos e costumes dos bandidos e dos habitantes do morro. Simples sinais repetidos já correspondem a práticas criminosas.

Foi um erro dos bandidos repetir tantas vezes suas ações e métodos. Por isto a Polícia os acuou lentamente, e eles foram obrigados a mudar de território. Os primeiros sinais de migração se deram em São Gonçalo. O território mudou, mas as práticas e hábitos são os mesmos. A primeira ação já desperta a atenção da Polícia, e pelo método e objeto da mesma a Polícia já sabe do que se trata. Isto sem citar os sistemas informatizados de Geoprocessamento e de lógica criminalística importados de outros países conjuntamente com os desenvolvidos no Brasil.

A mente do criminoso é falha, pois nunca se utiliza métodos honestos para se cometer um crime. É uma contradição do crime e da conduta. Os diálogos e códigos dos criminosos gravados por escutas produziram farto material para análise. Estamos próximos do tempo em que o simples modo de caminhar de uma pessoa dará subsídios para identificação de tendência criminosa. Aí basta manter o elemento sob vigilância. A Polícia nem precisa ter efetivo numeroso para isto.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Operações Policiais nas Favelas

Ontem a Polícia Carioca, fortemente armada e articulada, agiu em Niterói, hoje foi a vez de várias favelas ainda sem UPP's. Vários mandados de prisão foram cumpridos.

A intenção é impedir a migração dos traficantes e de seus comparsas para as favelas ainda não ocupadas.

Para os que propalam, leigos que são em comportamento criminoso, que os criminosos do Rio e São Paulo estão vindo para Minas, é preciso informar várias coisas.

Em primeiro lugar está o princípio de territorialidade. Até para o mais comum dos cidadãos, relaxado, sem intenções de cometer crimes, a simples mudança de casa já é algo traumático. Para o criminoso, a atuação fora de sua área é algo muito perigoso. É preciso atuar sabendo por onde fugir depois da ação, saber em qual rua ou viela entrar, muros pelos quais pular, etc.

Depois vem a aparência que uma pessoa de fora provoca nos transeuntes. Sua cara tem que ser conhecida, para que passe desapercebida. Se o criminoso, como alguns terroristas, pudesse conter seus instintos por uns 4 anos ao mudar de território, ele seria bem sucedido. Acontece que a natureza do criminoso é muito ansiosa. Ele quer se dar bem logo. E é isto que o atrapalha. Ao esperar uma ação criminosa, ele cai no vício, e o prazo de seu primeiro roubo é reduzido a poucos dias. Rouba para poder se drogar, para conseguir esperar para roubar. É incompatível uma coisa com a outra.