terça-feira, 30 de novembro de 2010

Já que estamos falando tanto: o que é um cidadão ?

A maior parte dos brasileiros não é de cidadãos completos. Um cidadão completo conhece o território constitucional, um mundo virtual de artigos e parágrafos que o fazem indivíduo consciente de direitos, deveres e do funcionamento dos poderes que tem a sua vigência neste mundo virtual do direito constitucional.

Como o indivíduo pode abrogar direitos se não os conhece e como pode se conduzir com lisura se não conhece  claramente seus deveres ?

Para tal, convido-os a ler a constituição no link à direita deste blog.

Subfronteiras do tráfico

Falamos aqui e tem sido fartamente divulgado na imprensa o principal conceito abordado é o de territorialidade. Como se não bastasse o tráfico ter tentado dominar os morros das favelas do Rio, dentro de cada morro eles determinavam até onde a população podia ir, num ferimento claro e torpe do princípio constitucional constante no direito de ir e vir do cidadão (Art. 5º parágrafo XV).

Das duas uma, ou o tráfico tentou excluir pedaços do território nacional dentro dos morros, ou suprimiu cidadania parcial dos moradores dos ditos morros.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Comunidade

Quanto fracasso e vício reside neste termo, criado por "românticos" e oportunistas, interessados em serem bem vistos pelos habitantes simples de áreas pobres ! Todos os lugares altos (morros) a que se deu este nome no estado do Rio de Janeiro são o arcabouço básico para o desenvolvimento de lideranças que se tornaram governos particulares de uma ditadura das armas.
Segundo o dicionário Michaelis:

Comunidade:
Qualidade daquilo que é comum; comunhão.


Se admitirmos que havia comunhão no morro impropriamente denominado de alemão (minúsculo, pois é ilegítimo), esta comunhão era em prol da divisão já citada no noticiário entre morro e asfalto, divisão esta perversa e engolida pelos habitantes dos morros.


Se admitirmos que o que eles tinham era comum, por que é que os traficantes não dividiam seus ganhos com os seus "comuns" ?


Mas o dicionário diz mais:


Participação em comum; sociedade


Lamento, mas não tenho notícia de que os habitantes do morro tivessem sociedade com o tráfico, pois todos continuam pobres.


E prossegue:


Agremiação de indivíduos que vivem em comum ou têm os mesmos interesses e ideais políticos, religiosos etc.


Talvez ai se encaixe a relação entre as partes de que estamos tratando. Tinham todos o mesmo interesse ? A lei do silêncio prova isto ? Tinhas os mesmos ideais políticos e religiosos ? A julgar pelos votos que tinham que ser fotografados, isto legitima os mesmos interesses políticos. A julgar pela concordância de anos com o "governo" que vigorava no morro, Deus, que prega a autoridade, foi esquecido e substituído pelo traficante, elemento humano, a quem foram rendidas honras, inclusive com a gravação no próprio corpo do nome do chefe local.


Favelas e aglomerados não são comunidades quando estiverem fora da Ordem Constitucional. Comunidade é um grupo consciente, que sabe o que é ser Sociedade sadia e temente às leis.

Relatório 29/11/2010 [22:59] - As revistas no morro

São 2/3 dias de ocupação no denominado morro do alemão (nome impróprio e que deve ser abolido). Num vício dos tempos da ditadura do tráfico, alguns moradores deste morro começam a reclamar das revistas aos pertences e de maus tratos. Já conhecemos este discurso.
Primeiro, apesar de não oficializado, o morro citado está sob estado de sítio. As forças de segurança estão PRESENTES num território cuja conduta de seus ocupantes (mesmo fração deles) saiu da ordem constitucional. O morro queria permanecer como Estado Paralelo. Até sua economia já tinha planejamento diverso ao imposto à Nação Brasileira;
Segundo, alguns habitantes deste morro estão sob pós-stress de dominação pelo tráfico, e ainda se acham sob o jugo de seus ex-dominadores, como numa síndrome de sequestro;
Terceiro, existem meliantes escondidos no local, que podem tentar sair disfarçados e oferecer uma ameaça ao território onde estamos sob lei e ordem institucional;
Quarto, existem indivíduos que representam perigo à nossa Constituição Federal, pois em sua índole e em seus devaneios, tem pretensões de criar um Estado Paralelo, acrescido do fato de que existem outros territórios vulneráveis à imposição deste tipo de situação nos numerosos morros que ainda restam sem controle do Estado Organizado.
Por estas razões, deve-se manter o controle e ignorar pressões de indivíduos que estão à margem da interpretação correta de um Estado Constitucional e de Sociedade Organizada.

Não existem inocentes nos morros cariocas

Os traficantes, como "donos do território" que se acreditavam, eram os donos do poder econômico nas favelas. E como tal, financiavam os moradores com dinheiro desonesto. Se é desonesto, pode ser gasto a vontade. Mas tinha mão dupla. Se o chefão precisava de uma caixa dágua para beneficiar outro morador, e alguém tinha duas, ele mandava buscar a título de "cortesia". Precisava de uma carne a mais para o churrasco de confraternização de todos os seus amigos bandidos, sempre tinmha alguém disposto e que "voluntariamente" lhe cedia.

Precisava de uma "mula" para carregar arma ou droga ? Podia usar um adulto, adolescente ou criança, pois fez lei o uso de qualquer indivíduo de sua "comunidade" (termo perverso, inapropriado e hipócrita) para transporte de "bens e serviços".

O tráfico durou muito tempo nos morros devido também à colaboração tácita e conveniente dos moradores. Não eram estes "senhores" que lhes davam permissão para ali estabelecer suas residências ? Ou o leitor acha que o favelado podia entrar na comunidade e residir sem pagar nada ! O morador tinha que ter a consciência de que entrava em território que tinha dono. E o poder público se omitiu de forma descabida.

Mas como nunca é tarde, e Deus é Senhor da história, o Estado retomou seu papel.

Omissão - A face da preguiça

Por que durou tanto tempo o domínio do tráfico ? Dois fatores para começar: Omissão e envolvimento de empreendedores de apoio.

O primeiro, a omissão, é um reflexo do comportamento humano básico. Mexer para quê ? Vai dar trabalho (vertente da preguiça). A autoridade primeira relacionada ao fato pensa "com seus botões": vou ter que ligar para aquela autoridade de mesmo escalão, que só pensa em dinheiro, bebida, mulheres e poder. Ela não vai me dar confiança. Então eu nem vou ligar para ela. Movendo-me, ou quieto, eu ganho o meu polpudo salário.

Já o envolvimento dos empreendedores de apoio é mais grave. Muita gente montou empresa (churrascaria, hotel, lava-jato, confecção, depósito de material de construção) em locais como Shoppings. Muitos brasileiros, de repente, apareceram com dinheiro da noite para o dia. A lavagem de dinheiro anda regando muitos lares dos oportunistas e espertinhos, que depois vão parar nas páginas policiais.

Abram o olho, cidadãos, e prestem atenção nos seus conhecidos e vizinhos que de repente aparecem como empresários sem ter tempo anterior de serviço em algum lugar e em algum serviço. O ganho que vem do nada. Prestem bastante atenção.

Não podemos entrar, pois inocentes podem morrer

Refém, segundo o dicionário Michaelis é:

Pessoa capturada pelas forças inimigas que invadem uma região, e guardada à vista, como penhor ou garantia de execução de um tratado, ou para forçar determinadas concessões aos captores, principalmente a abstenção de represálias.


Durante anos a frase sobre a morte dos inocentes em meio aos culpados foi difundida como um veneno em nossa sociedade, fruto dos hipócritas dos direitos humanos. E, em benefício de uma meia dúzia de inocentes, deu-se o poder, de mão beijada, aos perversos e ímpios, aos oportunistas e criminosos, aos assassinos e torturadores do tráfico. Este útlimo institui a pena de morte, enquanto os babacas da cidade limpa e polida diziam: "Não é permitido ao homem tirar a vida de ninguém ".

Como disse um velho conselheiro que conheci no curso de minha vida, "o bobo já nasce morto". Vários filhos de boas famílias que pagam seus impostos, não jogam lixo na rua, que são realmente cidadãos, morreram por causa de filhos de criminosos, ladrões, traficantes, mafiosos, perversos e ímpios.

O início

Tudo tem causa, tudo tem um início. E tudo começou com fins eleitoreiros do Sr. Leonel Brizola, desta vida passado, pois tudo o que um dia foi vivo tem que morrer, prometeu que, se eleito, Polícia não subiria nos morros da Cidade Maravilhosa. Interesseiro e egoísta em seu propósito, ele entregou território a uma fração da população que se diz à margem do crescimento e das oportunidades. E dizendo-se à margem, tornaram-se marginais e colocaram o ovo da serpente. E a serpente cresceu, colocou mais ovos, descobriu novos covis, e hoje vemos mais de setecentos covis.

Senhor Leonel Brizola e outros, criadores de redutos ofídicos. E o resultado, mais de 18 (dezoito) anos depois é um jogo de estratégia com comércio ilegal. Não importa se é droga, bebida, arma nem nada. Importa é que uma fração ideal da cidade dita mais bonita do mundo, cidade maravilhosa, estava dentro de um mapa geográfico, mas fora do mapa político do estado.