Quanto fracasso e vício reside neste termo, criado por "românticos" e oportunistas, interessados em serem bem vistos pelos habitantes simples de áreas pobres ! Todos os lugares altos (morros) a que se deu este nome no estado do Rio de Janeiro são o arcabouço básico para o desenvolvimento de lideranças que se tornaram governos particulares de uma ditadura das armas.
Segundo o dicionário Michaelis:
Comunidade:
Qualidade daquilo que é comum; comunhão.
Se admitirmos que havia comunhão no morro impropriamente denominado de alemão (minúsculo, pois é ilegítimo), esta comunhão era em prol da divisão já citada no noticiário entre morro e asfalto, divisão esta perversa e engolida pelos habitantes dos morros.
Se admitirmos que o que eles tinham era comum, por que é que os traficantes não dividiam seus ganhos com os seus "comuns" ?
Mas o dicionário diz mais:
Participação em comum; sociedade
Lamento, mas não tenho notícia de que os habitantes do morro tivessem sociedade com o tráfico, pois todos continuam pobres.
E prossegue:
Agremiação de indivíduos que vivem em comum ou têm os mesmos interesses e ideais políticos, religiosos etc.
Talvez ai se encaixe a relação entre as partes de que estamos tratando. Tinham todos o mesmo interesse ? A lei do silêncio prova isto ? Tinhas os mesmos ideais políticos e religiosos ? A julgar pelos votos que tinham que ser fotografados, isto legitima os mesmos interesses políticos. A julgar pela concordância de anos com o "governo" que vigorava no morro, Deus, que prega a autoridade, foi esquecido e substituído pelo traficante, elemento humano, a quem foram rendidas honras, inclusive com a gravação no próprio corpo do nome do chefe local.
Favelas e aglomerados não são comunidades quando estiverem fora da Ordem Constitucional. Comunidade é um grupo consciente, que sabe o que é ser Sociedade sadia e temente às leis.
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